É tempo de despedidas e (re)encontros
Os mitos e histórias antigas carregam imagens que exercem uma função simbólica e estruturante na consciência do Homem. Servem como meio de acesso à dimensões do mistério do mundo, traz novos caminhos e perspectivas para os fenômenos do cotidiano. A Páscoa é um exemplo disso, pois é atravessada de símbolos de fertilidade e renovação, mas imersos na cultura dos deliciosos ovos de chocolate, acabamos por nos afastar do verdadeiro significado desta data. Nessa época, de acordo com a cultura cristã, rememora-se a crucificação e morte de Jesus Cristo em sacrifício a humanidade e celebra-se seu renascimento.
Nesta perspectiva de celebração da Páscoa propõe-se a transformação do indivíduo, é tempo de morrer para renascer. Ou seja, primeiramente, precisamos abandonar (e enterrar) velhos comportamentos e padrões de pensamento, para então abrir espaço para o nascimento do novo. Pequenos ajustes criam oportunidades para grandes diferenças, grandes resultados. Pequenas ações movimentam a nossa vida, movimentam o mundo.
Transformações acontecem de dentro pra fora (a partir das experiências individuais ou coletivas) mas não dependem exclusivamente de eventos externos. É sobre permitir lançar um novo olhar a si mesmo, propor-se a uma nova forma de agir, falar, fazer e ser.
Viver é uma escolha. Assuma a responsabilidade pela pessoa que você continuamente escolhe se tornar.
Para isso, questione-se e se despeça da versão atual de si mesmo. E então, independente de sua fé, reconecte-se, renove-se, renasça!
Feliz Páscoa a todos!!
FERNANDA B. SODRÉ – Psicologia Clínica